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“O Brasil é o país verde por excelência. Futuroso, esperançoso… Nunca passou disso… Vocês, brasileiros, velhos que já foram e rapazes que são a esperança da pátria, sonham o futuro. ‘Dentro de cem anos o Brasil será o primeiro país do mundo.’ Garanto que aquele detestável cronista Pero Vaz de Caminha teve essa mesma frase ao achar Cabral, por um acaso, o país que viera expressamente descobrir.”

 

Jorge Amado em O País do Carnaval

[Divã] Listas, desafios e outros métodos de leitura

Desde que embarquei no mundo dos blogs literários, descobri que os hábitos de leitura podem ser incrivelmente diferentes, embora o objetivo pareça ser quase sempre o mesmo: ler mais. A Mari contou, neste mesmo espaço, na semana passada, que sempre lê mais de um livro ao mesmo tempo e divide as leituras por momentos do dia (seu senso de organização é algo a ser estudado, rs).

Fico impressionada, também, com a quantidade de maratonas e desafios que as pessoas se propõe a seguir. É só dar um giro pelos blogs de literatura para perceber que há desafios para todos os tipos: de grandes clássicos a objetivos para a quantidade mensal de livros, passando pela nacionalidade dos personagens ou dos autores, sempre será possível encontrar algo que realmente te instigue a ler mais.

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[Resenha] Pureza

Depois de escrever o “grande romance americano” sobre a derrocada da classe média nos Estados Unidos durante o governo de George W. Bush, o americano Jonathan Franzen parte de uma premissa mais simples em Pureza, seu livro mais recente, lançado no Brasil no ano passado pela Companhia das Letras.

A história narra a busca de uma jovem, Pip Tyler, por seu pai, sobre quem a mãe se recusa a dar informações. O enfoque mais restrito não quer dizer, contudo, que o autor tenha deixado de lado alguns traços marcantes de suas obras anteriores, como o hábito de escrever livros longos, a partir de múltiplos pontos de vista, sem linearidade de tempo. Mas depois que Liberdade foi considerado uma obra-prima e a revista Time estampou Franzen na capa como o grande romancista americano, o autor parece ter deixado certa pretensão formal de lado para escrever um livro mais tradicional.

Mais à vontade, o autor não deixa de tratar com ironia o status que ganhou como escritor nos últimos anos. Um de seus personagens, em determinado momento, busca escrever um romance que lhe garantirá um lugar no cânone norte-americano, mas avalia que, para chegar lá, precisa de mais do que conteúdo.

Houve um tempo em que bastava escrever O Som e a Fúria ou O Sol Também se Levanta, Mas agora tamanho se tornara essencial. Livro grosso, história longa.

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[Lista] 5 filmes inspirados em livros que ganharam o Oscar

Quando chega o mês de fevereiro, eu e a Mari praticamente trocamos nossas leituras pelas salas de cinema. A corrida para ver os filmes indicados ao Oscar é mais uma das paixões que dividimos. Por isso, nada mais natural que as listas deste mês tenham inspiração cinematográfica.

Na semana passada, a Mari fez uma ótima seleção de cenas lindas de filmes nos quais os livros são protagonistas. Hoje foi a minha vez de puxar na memória cinco adaptações tão bem feitas que a transposição para a telona acabou levando a estatueta de Melhor Filme no Oscar. Lembra de mais algum exemplo? Conte para a gente nos comentários!

o vento levou1. …E o Vento Levou: O clássico de 1939 se baseia no livro homônimo de Margaret Mitchell. A história da sedutora e teimosa Scarlett O’Hara, a personagem principal desse drama sobre a Guerra Civil americana, é uma das mais famosas do cinema. Para escolher a atriz que viveria a personagem na telona, o produtor do filme entrevistou nada menos do que mil e quatrocentas atrizes, entre elas Bette Davis, mas quem acabou ficando com o papel foi Vivian Leigh. A química entre ela e Clark Gable, que faz o papel de Rhett Butler, ainda arranca suspiros dos espectadores.

Coube à Vivian Leigh imortalizar a passagem de encerramento do livro de Mitchell (não se preocupe, não é um spoiler!):

Amanhã, em Tara, hei de pensar em tudo isso. Então terei mais forças. Amanhã pensarei no meio de fazê-lo voltar. Afinal, amanhã é um outro dia.

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[Resenha] O Tribunal da Quinta-Feira

Todos os dias, quando abrimos o computador, damos alguns passos em direção  a um gigantesco tribunal. Nele, os juízes não precisam de provas. Bastam tênues evidências, relatos de testemunhas improváveis ou indícios de culpa que o veredicto é dado quase em tempo real. Basta ficar online.

No mais recente romance de Michel Laub, O Tribunal da Quinta-Feira, quem está nos bancos dos réus é José Victor, um publicitário de 43 anos, recém-divorciado, que vê boa parte de suas conversas eletrônicas com o melhor amigo expostas na internet de forma parcial e inescrupulosa.

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