[A Máquina de Fazer Espanhóis] Semana #11
Reta final de A Máquina de Fazer Espanhóis! Nesse último trecho lido, um pouco de suspense deixou no ar a possibilidade de um desfecho com emoções. Quais são os seus palpites? Na próxima semana, concluímos a leitura e nos despedimos de António e do Lar da Feliz Idade.
Por Mariane Domingos e Tainara Machado
Desde o início do romance, a narrativa se concentra em alguns moradores do Lar da Feliz Idade. No capítulo 19, Valter Hugo Mãe nos dá a chance de conhecer outros internos. Em uma descrição que António faz do horário do almoço, conhecemos grupinhos de pessoas, que assim como ele, senhor Pereira, Silva da Europa e Esteves, formaram laços de amizade fundamentais para trazer leveza ao dia a dia no asilo.
É interessante a maneira como Hugo Mãe conduz essa descrição. A disposição das mesas no pátio e as observações de António acerca do comportamento alheio lembram muito um ambiente escolar, em que a forma como todos se organizam diz bastante sobre seus hábitos, relacionamentos e a posição que ocupam em determinado grupo social:
o salão de almoço era longo e largo, com mais de quarenta mesas rectangulares, que serviam para um máximo de seis pessoas, e cinco redondas onde, em cada uma, se podiam sentar seis pessoas. Eu sentava-me, desde o primeiro dia, na mesa redonda mais à esquerda.