Lista da semana (página 8 de 15)

Quem não ama uma lista? Toda semana, vamos organizar em tópicos curiosidades ou novidades literárias que você não pode deixar passar.

[Lista] 5 livros com viagens extraordinárias

Quem nos acompanha nas redes sociais viu que a Mari aproveitou a primeira semana de julho para fazer muito turismo literário, em lugares incríveis como Paris, Copenhague e Estocolmo! Se você, como eu, ficou babando de vontade de estar num avião, essa lista é destino certo! Selecionei cinco livros sobre viagens extraordinárias, porque não ter férias em julho não significa que a gente não possa viajar, não é?

1. On The Road – Pé na Estrada, de Jack Kerouac: Clássico dos clássicos da literatura sobre rodas, a obra prima da “geração beatnik” serviu de inspiração para inúmeros escritores, que também procuraram representar o espírito da juventude de sua época. Com esse livro, Kerouac criou quase um gênero próprio na literatura, que ele chamava de “prosa espontânea”, uma espécie de fluxo de consciência desencadeado por uma boa dose de drogas e álcool.

A geração beatnik, um movimento de contracultura nos  Estados Unidos da década de 1960, procurava se desvencilhar de velhas regras e padrões da  indústria cultural, representando uma juventude libertária, nômade e rebelde.

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5 razões para ler e amar Machado de Assis

No dia 21 de junho de 1839, nascia, no Rio de Janeiro, Joaquim Maria Machado de Assis, grande nome da literatura brasileira e mundial. É claro que não poderia faltar aqui no Achados & Lidos uma homenagem a um dos nossos escritores favoritos.

No prefácio de 50 Contos de Machados de Assis, o professor inglês John Gledson lembra um comentário pertinente de Carlos Drummond de Andrade: “ler Machado de Assis era uma tentação permanente, quase como se fosse um vício a que tivesse de resistir”.

Como não poderíamos concordar mais, a lista de hoje (que deveria ser bem mais extensa) traz as cinco principais razões que tornam indispensável e apaixonante a leitura de Machado de Assis.

1. Há opções para todos os gostos.

Ama romances? Prefere contos? Aprecia a poesia? Gosta de crônicas? Machado de Assis atende, com excelência, qualquer preferência, desde que ela se inclua na boa literatura. Ele escreveu em praticamente todos os gêneros. Foi romancista, poeta, dramaturgo, cronista, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Além disso, ainda atuou como tradutor de célebres colegas de profissão, como o francês Victor Hugo. Sem dúvida, ele é o autor que mais li até hoje, entre novidades e releituras. Há sempre uma coletânea ou uma nova edição para ser descoberta e incorporada à estante.

2. Os personagens de seus livros são inesquecíveis.

Capitu, Bentinho, Brás Cubas, Dr. Simão Bacamarte, Helena… Se você não conhece alguns desses nomes, provavelmente se sentirá deslocado em conversas literárias. De tanto que já foram comentados, alguns deles parecem até reais. A possível traição de Capitu a Bentinho, por exemplo, é uma das maiores polêmicas da literatura mundial.

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[Lista] 5 animais de estimação na literatura

Animais de estimação são fiéis companheiros dos humanos, e uma relação sempre refletida na literatura. Sejam eles cachorros, cavalos ou até mesmo corujas, listamos 5 bichos que, com sua personalidade cativante, acabaram ganhando protagonismo nas histórias abaixo.

IMG_12581. Baleia, em Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Nesta lista, Baleia tem lugar garantido. Ao pensar na relação entre animais e humanos, é impossível não rememorar, imediatamente, a cachorra da família de retirantes nordestinos, todos fugindo de mais uma brutal seca.

O universo que rodeia a família é árido, pobre, depauperado. O pai, Fabiano, e a mulher, sinhá Vitória, trocam apenas grunhidos, palavras mal ajambradas que refletem as condições duras a que são expostos, com os dois filhos, nunca nomeados. Entre essas dificuldades, é Baleia quem conserva ainda certo raciocínio lógico e uma esperança no futuro, sentimentos abstratos que  os demais personagens, cada vez mais dominados por necessidades animalescas, deixam de conseguir articular.

Sua morte é uma das passagens mais tristes de Vidas Secas, quando ela é capaz de sonhar com uma espécie de céu canino:

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[Lista] 5 casas cheias de histórias

1. Casa de Julieta (Casa di Giulietta), em Verona, na Itália: essa sacada da foto talvez seja a mais famosa da literatura mundial! Impossível vê-la e não lembrar desta cena icônica, no Ato II da obra-prima de William Shakespeare:

Julieta aparece na sacada.

Mas que luz raia agora na janela?
É o Oriente; e o Sol és tu, Julieta.
Vem, Sol, matar a despeitosa Lua,
Pálida e enferma, de tristeza e inveja,
Ao ver que sua beleza é superada
Por seu vassalo. (…)

JULIETA Ó, Romeu! Por que tens de ser Romeu?
Renuncia a teu pai, nega teu nome;
Ou então jura amar-me para sempre,
E hei de dizer: não sou mais Capuleto.

A trágica história de amor se passa em Verona. Em meio às discussões se a trama é ficcional ou não, a cidade do norte da Itália abraçou a fama que a literatura lhe emprestou e se fixou no imaginário popular como berço desse amor.

A sacada foi construída muito tempo depois do século XVI, época em que a obra foi escrita, e fez parte dos investimentos da cidade de Verona para atrair os turistas. Podemos dizer que foi um trabalho muito bem feito. A atmosfera do local realmente faz você se sentir dentro da obra de Shakespeare.

A casa é aberta à visitação e é possível inclusive subir até a sacada. No interior, móveis e vestuários recriam as características da época.

As superstições contribuem ainda mais para o turismo. No pátio externo, há uma estátua de bronze de Julieta e diz a lenda que quem tocar seu seio direito terá felicidade no casamento. Nas paredes da entrada, também são depositadas mensagens de amor. Quem já assistiu ao filme Cartas para Julieta sabe dessa tradição!

A prefeitura de Verona tenta conter a prática de escrever direto no muro, para preservar a construção, mas, especialmente em épocas de alta temporada, fica quase impossível esse monitoramento. No verão, o pátio fica lotado e tanto a estátua, quanto o muro e a sacada são bastante concorridos. É preciso um pouquinho de paciência, mas vale a espera!

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[Lista] 5 personagens trabalhadores

Para celebrar o 1º de Maio, comemorado em todo o mundo como Dia do Trabalho, prestamos homenagens a esses personagens que, assim como nós, pobres mortais, precisam enfrentar chefes, horários e as demais pressões da vida laboral.

Trabalhadores do mundo (da literatura), uni-vos!

1. Macabea, de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector: A “delicada e vaga existência” diária de Macabea, a personagem principal desse clássico da literatura brasileira, é preenchida por sua função como datilógrafa, habilidade adquirida em um “curso ralo de como bater à máquina”.

Macabea, uma nordestina de dezenove anos que migrou para o Rio de Janeiro, leva uma vida miserável e sem perspectivas, em um trabalho em que o chefe chega a ameaçar mandá-la embora, mas desiste por sua ingenuidade e delicadeza. Seus dias são preenchidos com pensamentos fantasiosos sobre a infância, a fome e a vontade de ser quem não era.

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