Autor: Mariane Domingos (página 29 de 43)

[Lista] 5 filmes com belas cenas entre livros

O tapete vermelho favorito do Achados & Lidos, o Oscar, está chegando e é claro que vamos deixar nossa homenagem. Como não conseguimos ficar muito longe da literatura, a lista de hoje fala de filmes, mas também de livros. Os diretores de cinema e roteiristas sabem o quanto bibliotecas e livrarias podem ambientar uma ótima história, por isso há várias cenas icônicas de filmes que se passam entre prateleiras lotadas. Confira, abaixo, uma lista de 5 filmes com belas cenas entre livros!

1. Cinderela em Paris (Funny Face): Jo Stockton (Audrey Hepburn) trabalha em uma livraria em Greenwich Village e vê sua vida se transformar quando o fotógrafo de uma famosa revista de moda, Dick Avery (Fred Astaire), realiza, de surpresa, um ensaio na loja em que ela trabalha. Dick fica impressionado pela beleza da livreira e convence a diretora de redação de que Jo deve ser o novo símbolo da revista e a estrela das fotos que serão feitas em Paris. A novata, segundo o fotógrafo, expressa a mulher moderna e o que a diretora procura: beleza e sofisticação intelectual.

O primeiro dos vários encontros mágicos entre Jo e Dick acontece entre prateleiras repletas de livros. A livraria é também cenário do lindo número em que Hepburn interpreta How Long Has This Been Going On?.

Em 1958, Funny Face foi indicado em quatro categorias, incluindo a de Melhor Figurino, em reconhecimento à exuberante parceria de Edith Head e Hubert de Givenchy.

Se você gostou de La La Land, Cinderela em Paris é filme tem-que-ver. Prepare-se para cantarolar durante uma semana “I love your funny face / Your sunny, funny face…”.

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[Resenha] Breves Entrevistas Com Homens Hediondos

Ler a ficção de David Foster Wallace é conhecer uma nova literatura. O escritor americano, considerado um dos grandes autores contemporâneos, usa e abusa de experimentalismos de forma e linguagem para compor uma narrativa que parece exigir do leitor quase o mesmo esforço que o próprio Wallace empreendeu para escrevê-la.

No livro de contos Breves Entrevistas Com Homens Hediondos, há histórias curtas, outras mais longas, todas orbitando em torno do mesmo tema: a monstruosidade que pode existir dentro de uma pessoa.

Na série de textos que dá título ao livro, por exemplo, os personagens são homens que dão entrevistas a uma interlocutora mulher, que nunca aparece. Em seus depoimentos, eles expõem toda a imoralidade de seus pensamentos e atitudes.

O tom confessional das narrativas mostra, além dos fantasmas desses personagens hediondos, a necessidade que eles têm de compartilhar os desejos tortos que os habitam. Em alguns momentos, fica a impressão de que se trata apenas de um exibicionismo frio e perturbador. Em outros, os personagens aparecem como pessoas vulneráveis que encontraram na narrativa uma possibilidade de dividir o fardo que carregam e de buscar a redenção.

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“Na noite de 5 de novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos comungando de uma mesma surpresa feliz.”

 

Mia Couto em E se Obama fosse africano?

[Divã] Escritores-heróis

Para quem gosta de literatura, escritores são rockstars, com direito a nome de rua ou estátua na praça. Pegamos autógrafos, enfrentamos filas, temos curiosidade para saber de onde vêm as ideias para os livros, quantas horas por dia trabalham, suas opiniões políticas, seus ídolos e por aí vai.

Na última semana, enquanto escrevia a resenha sobre o livro de contos O Sucesso, procurei um pouco mais sobre a autora Adriana Lisboa e me deparei com uma entrevista em que ela afirma que a profissão do escritor é muito mitificada e que ela busca quebrar essa visão, porque, em sua opinião, a escrita é um trabalho importante no mundo como outro trabalho importante qualquer. Ela diz:

Poderia estar aí sendo mergulhadora, astronauta, musicista ou seja lá o que fosse. São trabalhos viáveis, possíveis, eu sei disso. E que essa coisa, essa aura em torno da atividade do escritor ou do artista, de um modo geral, é algo que a gente precisa colaborar para diminuir um pouco, porque isso gera egos inflados demais. (…) Para mim é uma coisa simples, ser escritora, porque eu gosto em primeiro lugar. É um cotidiano muito simples.

Fiquei intrigada com essa declaração. Eu sou do tipo de leitora que ama ler perfis, assistir a palestras e ver debates que envolvem escritores, justamente porque acho que eles têm algo a dizer que eu não enxergo, ou não vivo, em meu cotidiano, diferente de outras ocupações que me parecem mais próximas.

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“(…) Para ganhar um ano novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano-Novo
cochila e espera desde sempre.”

 

Carlos Drummond de Andrade
em Receita de Ano-Novo

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