Nesta última leitura, um mesmo aspecto chamou atenção de nós duas, por isso resolvemos escrever juntas o post de hoje! Para a próxima semana, avançaremos mais dois capítulos (até a página 119, se você tem a edição da foto).
Por Tainara Machado e Mariane Domingos
O drama familiar e as amarras impostas a Kambili e Jaja por um pai absurdamente autoritário são o núcleo de Hibisco Roxo, mas o livro também trata de outros vários temas, entre eles a herança da colonização europeia na Nigéria e a oposição aos costumes e modos de vida ancestrais daquele povo.
Papa é, nas palavras da tia de Kambili, muito “colonizado”. Ele quase nunca fala em igbo, a língua nativa, e gosta que mesmo os habitantes mais simples de seu vilarejo se esforcem para falar inglês. Descartou as religiões “pagãs” e tudo o que, na sua ética bastante particular, seja considerado ímpio, inclusive seu pai, com quem não fala e a quem mal permite que os filhos visitem.
O confronto entre costumes locais e os modos de vida europeu transparece em inúmeros trechos, mas é particularmente interessante em uma reflexão de Kambili diante do comentário de uma das freiras que ensinavam em seu colégio.