Nas últimas páginas, Camilo percorreu os dias finais de Cosme e descreveu, enfim, como foi o assassinato de seu amigo. Ao buscar essas memórias, o personagem também é tomado por uma sede de vingança que o leva a imaginar um crime cruel contra Renato, o neto do assassino de Cosmim, em um trecho em que a escolha pelo amor ou pelo ódio chegou ao seu apogeu. Na próxima semana, encerramos o livro! Foi uma leitura rápida, mas intensa!
Por Mariane Domingos e Tainara Machado
Detalhes do assassinato de Cosme são revelados à medida que o narrador trava uma luta interior para decidir o desfecho de sua relação com Renato, o neto do assassino. Na fronteira entre a ternura e o ódio, seus sentimentos se confundem e suas ações ameaçam ir de um extremo a outro – do carinho de um abraço à violência de um assassinato.
A morte repentina e brutal de Cosmim deixa marcas indeléveis em Camilo. Ao relembrar cada passo que levou ao dia fatídico, desde o momento em que o assassino flagra a intimidade do casal até o enterro que atraiu centenas de pessoas superficialmente comovidas, o narrador justifica como o crime o abateu para a vida toda:
O assassinato tomou domínio de mim para o resto da vida. Fui colonizado.