Todos nós, aficionados por ocupar nossas estantes, sabemos que nem sempre uma biblioteca depende apenas de livros. Há sempre alguns acessórios que vão se tornando “essenciais” para usufruir da leitura e, de quebra, ainda dão todo um charme às prateleiras. Aqui vão cinco itens “essenciais” que não vivo mais sem:
1. Carimbo pessoal: Está certo, eu concedo, dá plenamente para ter uma biblioteca sem um carimbo. A minha não tinha até dezembro. Aposto, porém, que depois que ler essa lista, você também vai passar a se perguntar como viveu até agora sem ter um desses. Acho que foi, nos últimos tempos, o melhor presente que ganhei. Passei um bom tempo nessa atividade de carimbar, até ter perícia suficiente para não deixar escapar nenhuma linha da moldura. Se você precisa de uma desculpa para investir no seu carimbo, pode se convencer de que esse é um ótimo artifício contra aqueles amigos que “esquecem” de quem pegaram os livros emprestados. Com uma marca dessas, não dá para disfarçar, não é?
Ah, para quem acha a tinta muito agressiva, a mesma loja vende marcadores em alto relevo, mas o investimento é um tanto maior.
2. Caderninho: Qualquer caderno de anotações poderia fazer essa função, é claro, mas a compulsão humana, infelizmente, não tem limites. Por isso, passei anos namorando os “journals” da Moleskine. Ficava sempre entre o anjo e o diabo: pensava que ter um caderno com espaços demarcados para o título, frases, observações, data de leitura etc. me fariam uma leitora mais atenta e menos esquecida (consigo apagar da memória boa parte da trama dos livros que li, uma tristeza só). Ao mesmo tempo, qualquer caderno de cinco reais poderia fazer essa função. No geral, o bom senso me guiava e me convencia de que não valia o investimento. Até uma viagem em que o encontrei por uma “pechincha” (saudades, dólar a R$ 1,50). Diria que o diabo tinha razão, porque não criei o hábito de anotar tudo que leio, mas que o caderninho é lindo, isso é!
3. Post-its: A louca da papelaria aqui no blog não sou eu, é a Mari, a mais organizada de nós duas por algumas boas léguas de distância. Mesmo assim, toda biblioteca que se preze tem, em algum cantinho, um porta-trecos com post-its coloridos e marca-textos variados. Os mais arrojados podem grifar os livros, mas eu morro de dó. O maior sacrilégio que cometo é dobrar as páginas nos trechos que gosto, mas depois de anos nem sempre lembro o que me chamou atenção (o velho problema da memória, mencionado acima). Por isso, o post-it fininho, para marcar a página, é ótima opção, já que ainda permite relembrar exatamente qual era a passagem que te agradou.
4. Marca-páginas: Se você quiser realmente me incomodar, comece a ler um livro e marque as páginas com a orelha dele. Tenho vontade de chorar. Se o livro for meu, é bem possível que o empréstimo seja revogado ou que, sutilmente, eu te ofereça um marcador de páginas. Pode ser de papel, de imã, de plástico, de tecido, não tenho preferência. O importante é marcar o livro do jeito certo. Como quase tudo que envolve literatura e compras, aqui também acabei desenvolvendo uma compulsividade e trago marca-páginas de todas as viagens que eu faço, além de pedir de presente para os amigos. Um dia, faço a lista aqui dos mais bonitos!
5. Porta-livros: Quando penso em bibliotecas dos sonhos, logo me vem à mente aquelas obras encadernadas antigas, com os volumes todos da mesma cor e títulos em dourado nas lombadas, além de vários porta-livros pesados, de pedra ou metal, como enfeite. A realidade é mais dura do que isso. No geral, os livros são todos coloridos, de tamanhos variados, e tenho muito menos desses objetos do que eu gostaria, mas a parte boa é que sempre temos ao que aspirar, não é?
E para vocês, quais são os objetos que não podem faltar na biblioteca?
Tainara Machado
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15 de abril de 2016 at 12:13
Estou esperando ansiosamente pelas fotos da sua coleção de marca-páginas!! Quero ibagens!