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[Lista | List] 3 livros ambientados na Itália | 3 books set in Italy

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1. Roma: em Minha Casa É Onde Estou, Igiaba Scego percorre as ruas de sua cidade natal, Roma, ao mesmo tempo em que recupera as memórias de sua família em Mogadíscio, na Somália. Navegando por essas lembranças coletivas, ela desenha um mapa da cidade de origem de seus pais. E do mapa da capital italiana, a autora recupera suas próprias memórias enquanto filha de imigrantes na Europa. Em um jogo de direções contrárias –  da subjetividade das lembranças à objetividade de um mapa e vice-versa – Scego constrói um texto belíssimo do qual emana uma verdade essencial: cidades são organismos vivos, que nascem e morrem, e que são construídos não só de concreto, mas principalmente de histórias, experiências e percepções.

2. Nápoles: impossível falar de Nápoles sem pensar em Elena Ferrante. A misteriosa escritora italiana escolheu a cidade do sul da Itália para sua série, composta por A Amiga Genial, História do Novo Sobrenome, História de Quem Foge e Quem Fica e História da Menina Perdida. O amadurecimento das amigas de infância Lila e Lenu é indissociável das cores e sabores de Nápoles. As motocicletas subindo a todo vapor pelas ruas íngremes de Nápoles, o burburinho da Piazza dei Martiri e os verões na ilha de Ischia…

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[Lista] 5 casas cheias de histórias

1. Casa de Julieta (Casa di Giulietta), em Verona, na Itália: essa sacada da foto talvez seja a mais famosa da literatura mundial! Impossível vê-la e não lembrar desta cena icônica, no Ato II da obra-prima de William Shakespeare:

Julieta aparece na sacada.

Mas que luz raia agora na janela?
É o Oriente; e o Sol és tu, Julieta.
Vem, Sol, matar a despeitosa Lua,
Pálida e enferma, de tristeza e inveja,
Ao ver que sua beleza é superada
Por seu vassalo. (…)

JULIETA Ó, Romeu! Por que tens de ser Romeu?
Renuncia a teu pai, nega teu nome;
Ou então jura amar-me para sempre,
E hei de dizer: não sou mais Capuleto.

A trágica história de amor se passa em Verona. Em meio às discussões se a trama é ficcional ou não, a cidade do norte da Itália abraçou a fama que a literatura lhe emprestou e se fixou no imaginário popular como berço desse amor.

A sacada foi construída muito tempo depois do século XVI, época em que a obra foi escrita, e fez parte dos investimentos da cidade de Verona para atrair os turistas. Podemos dizer que foi um trabalho muito bem feito. A atmosfera do local realmente faz você se sentir dentro da obra de Shakespeare.

A casa é aberta à visitação e é possível inclusive subir até a sacada. No interior, móveis e vestuários recriam as características da época.

As superstições contribuem ainda mais para o turismo. No pátio externo, há uma estátua de bronze de Julieta e diz a lenda que quem tocar seu seio direito terá felicidade no casamento. Nas paredes da entrada, também são depositadas mensagens de amor. Quem já assistiu ao filme Cartas para Julieta sabe dessa tradição!

A prefeitura de Verona tenta conter a prática de escrever direto no muro, para preservar a construção, mas, especialmente em épocas de alta temporada, fica quase impossível esse monitoramento. No verão, o pátio fica lotado e tanto a estátua, quanto o muro e a sacada são bastante concorridos. É preciso um pouquinho de paciência, mas vale a espera!

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