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[Lista] 20 melhores leituras do ano para sua lista de presentes (parte 2)

Como prometido pela Mari na semana passada, continuamos a listar as melhores leituras do ano, todas ótimas dicas de presente para este Natal (confira a primeira parte da lista aqui)! De lançamentos a livros que já estavam na estante, essas leituras nos levam a um passeio guiado pelos prédios do centro de São Paulo, pela dura Brasília tomada pela ditadura militar, por Nápoles e até mesmo ao útero de uma mulher grávida! 

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1. O Tribunal da Quinta-Feira, de Michel Laub: Terceiro livro de uma trilogia sobre a capacidade de adaptação individual a traumas coletivos, este romance de Michel Laub explora o verdadeiro tribunal encenado cotidianamente nas redes sociais e fóruns virtuais. José Victor, um publicitário de 43 anos, recém-divorciado, que vê boa parte de suas conversas eletrônicas com o melhor amigo expostas na internet de forma parcial e inescrupulosa, tem de lidar com esse vazamento e, principalmente, com a sombra da doença que marcou a sua geração, a AIDS. Na linguagem arrebatadora de Laub, esse foi um dos grandes achados de 2017. Veja a resenha completa aqui.

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[Laços] Semana #5

E aí, o que acharam das confissões de Aldo neste último trecho lido? Qual a sua reação diante do outro lado da história que lemos no comecinho do romance? Na próxima semana, avançamos até a página 118.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Aldo reconta a si mesmo, mais do que ao leitor, a história do período em que se separou de Vanda. Finalmente, podemos ouvir o outro lado daquela narrativa conturbada das cartas que marcam o início do livro. Descobrimos que, enquanto Vanda vociferava suas mágoas, Aldo vivia seu sonho de liberdade.

É interessante como Domenico Starnone usa o tempo para criar dois personagens diferentes no mesmo personagem. O Aldo que abandonou Vanda não é o mesmo que agora recorda aquele período. Seu comportamento, que outrora lhe parecia legítimo e natural, se torna duvidoso nessa nova perspectiva.

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[Laços] Semana #4

O que vem depois do choque diante do caos material? Mais caos, agora sentimental? No trecho de Laços lido na última semana, Domenico Starnone comprova todo potencial de sua prosa ao costurar um retorno sofisticado, em termos narrativos, ao passado conturbado que abriu o romance. As cartas de Vanda estão de volta, décadas depois, e prometem reflexões valiosas. Para a próxima semana, vamos até a página 101.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Os objetos começam a ganhar vida em Laços. Depois do susto inicial pelo apartamento revirado, Aldo e Vanda têm que lidar com todas aquelas memórias ali expostas em formato de cacos e objetos espalhados. Aos poucos, o caos material vai se transformando em um caos sentimental.

Aldo logo percebe os perigos de deixar aquela bagunça à mostra. Ele teme que algum item perdido ou danificado seja um gatilho para alguma memória dolorosa de Vanda. Aldo não imaginava que ele seria a primeira vítima.

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[Resenha] Meio Sol Amarelo

Em sua famosa palestra para o TedTalks, a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie falou do perigo da história única, da visão comum e unificada da história africana, um legado do colonialismo. Em Meio Sol Amarelo, livro de 2008 reeditado recentemente pela Companhia das Letras, a autora busca justamente dar voz e cores para a Guerra da Biafra, vista quase sempre por uma única lupa: como mais uma das tantas guerras civis que assolaram o continente.

O centro da narrativa é a casa de Odenigbo e Olanna em Nsukka, cidade universitária nigeriana. Odenigbo é um professor bem relacionado no campus, seguro de si, com voz ativa sobre a independência nigeriana, sobre costumes e heranças do colonialismo. Já Olanna é descendente da classe alta do país, filha de um influente empresário, mas que não se reconhece em seu meio familiar. O personagem mais empático, contudo, é Ugwu, que chega ainda muito novo para trabalhar na casa de Odenigbo, saído de um pequeno vilarejo no qual cada pedaço de peixe era disputado pela família. Seu assombro sobre os costumes descritos por sua tia nos cativa logo na primeira página:

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[Laços] Semana #3

A mudança de narrador, em Laços, de Domenico Starnone (Ed. Todavia), aprofundou o perfil psicológico dos personagens, enquanto fazemos, ao lado de Aldo e Vanda, um inventário de um apartamento destroçado. A proximidade dessa narrativa com Dias de Abandono, de Elena Ferrante, também fica mais visível a cada página. Está gostando da nona edição do Clube do Livro do Achados & Lidos? Conte para gente o que te marcou neste livro até aqui! Para a próxima semana, vamos até a página 80.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Laços está dividido em três livros: três pontos de vista sobre um passado comum. Na primeira parte, acompanhamos anos de amargura de Vanda, por meio de cartas dirigidas a Aldo, nas quais ela relata a dor do abandono, as dificuldades na criação dos filhos, as angústias de uma vida solitária.

No segundo livro, o narrador é Aldo e o passado ficou para trás. Aldo e Vanda estão juntos novamente e apenas alguns lampejos na narrativa sugerem o passado de mágoas da primeira parte.

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