“Notei que tinha posto uma cadeira justamente para que eu ficasse mais confortável: quanta deferência por quem tinha estudado, estudar era considerado o truque dos rapazes mais espertos para se furtar ao trabalho duro. Como posso explicar a essa mulher – pensei – que desde os seis anos de idade sou escrava de letras e números, que meu humor depende do êxito de suas combinações, que essa alegria de ter feito bem é rara, instável, que dura uma hora, uma tarde, uma noite?”
Elena Ferrante em
História de Quem Foge e de Quem Fica