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[O Retrato de Dorian Gray] Semana #4

Novos personagens entraram na história e deram ritmo à narrativa. Como será o encontro entre os amigos de Dorian Gray e sua amada? Para a próxima semana, avançamos os capítulos 7 e 8 da leitura de O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, até a página 126, se você tem a edição da foto, da Penguin-Companhia.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Se até agora flanamos pelos círculos aristocráticos ingleses, chegou a hora de conhecer a realidade das camadas menos favorecidas de então. A eleita de Dorian Gray, Sibyl Vane, é uma atriz humilde cuja mãe só se entusiasma por um bom casamento para filha e cujo irmão, de apenas 16 anos, está partindo para Austrália em busca da ilusória vida de riqueza das colônias.

Sibyl está tão hipnotizada por Dorian quanto ele por ela. Sob o apelido de Príncipe Encantado, ela conta maravilhas do amado à mãe e ao irmão. Tudo que importa à mãe é se o pretendente tem posses. Já ao irmão o romance não parece um bom presságio. O fato de Gray ser um cavalheiro da alta sociedade é o primeiro ponto de irritação para o jovem. Vemos aí uma rusga típica da luta de classes, que ainda não sabemos se Wilde irá explorar:

O jovem dândi que a amava não devia significar nada de bom para ela. Era um cavalheiro, ele o odiava por isso, odiava-o por um instinto de raça peculiar, que não era capaz de compreender, e que, pela mesma razão o dominava ainda mais.

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[O Retrato de Dorian Gray] Semana #3

Na leitura desta semana, Lord Henry se aproxima ainda mais de Dorian Gray e Wilde nos brinda com boas reflexões sobre o poder, para o bem ou para o mal, da influência. Para a próxima semana, avançamos mais dois capítulos (5 e 6) na leitura de O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, até a página 87 se você tem a edição da foto, da Penguin-Companhia das Letras.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Lord Henry não mede esforços para se acercar a Dorian Gray e saber mais detalhes de sua história. Com um velho tio, ele descobre que a mãe do belo jovem havia sido uma moça também exuberante e de posses, que se apaixonara por um homem pobre a quem o pai não aprovava. O romance não terminou nada bem e o pequeno Dorian logo ficou órfão, sob a tutela de um avô amargurado.

Todas as informações que pudesse obter eram valiosíssimas para que Lord Henry colocasse em ação o seu plano: fazer com que Dorian ficasse tão hipnotizado por ele quanto Hallward havia ficado pelo jovem.

Ele não poupava esforços para frequentar os mesmos lugares que seu alvo e encantá-lo com conversas sobre o estilo de vida hedônico, e bastante egoísta, que orgulhosamente ele levava: Leia mais

[ORetratodeDorianGray] Semana #1

Vocês nos ajudaram a escolher, e o título selecionado para a décima edição do Clube do Livro, com 48 votos, foi O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde! Hoje, fazemos uma pequena introdução à obra e, na próxima semana, vamos até o segundo capítulo (página 40 na edição da Penguin-Companhia). E fique atento: no instagram, vamos sortear, no dia 23, um exemplar do livro. Para participar é só acessar o post oficial do sorteio e seguir as instruções.

Mariane Domingos e Tainara Machado

Todo início de ano nos leva a traçar metas, como se  a passagem do calendário abrisse oportunidades de nos reinventar. Pois bem, aqui no Achados e Lidos não fugimos à regra e decidimos que não apenas gostaríamos de ler mais clássicos em 2018, como queremos estimular mais pessoas a nos acompanhar nesse objetivo.

Com ajuda de nossos leitores, começamos o ano com uma escolha interessante. Em tempos de super exposição em redes sociais e da cultura do ter maior que o ser, não há clássico mais atual que este. 127 anos depois de sua publicação, O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, continua estimulando ótimas reflexões sobre a relação entre a aparência e a virtude, a vida pública e a privada e o desejo da juventude eterna.

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[Laços] Semana #8

A nona edição do Clube do Livro do Achados & Lidos, com Laços, de Domenico Starnone, foi curta, mas bastante densa. Agradecemos a todos que participaram desta leitura conosco e, especialmente, às leitoras queridas que nos enviaram suas opiniões.

Em 2018, tem mais! Fiquem atentos, pois em janeiro voltamos com uma programação semestral para o clube.

Brenda Leal (@eleonoraaleitora)

Preciso escrever duas coisas sobre esse livro. Laços, de Domenico Starnone me remeteu muito a Dias de Abandono, da Elena Ferrante e assim como o livro de Elena esse fala sobre dor. Em muitos momentos pegamos trechos como: “A dor estava sempre ali”, “Do contrário, que sentido teria o rastro de dor que eu deixara atrás de mim”, dá muita agonia acompanhar o sofrimento dessa família. Em capítulos (livros) separados os personagens contam as suas versões como o momento de separação da família e abrem os seus segredos ao leitor.

São 50 anos de mágoas e situações mal resolvidas, que geram uma família disfuncional. Mas o livro é tão bem escrito que faz você sentir raiva, ao mesmo tempo pena dos personagens.

Outro ponto importante que merece atenção é o texto inicial da tradutora Jhumpa Lahiri, que além de escrever muito bem é completamente apaixonada pelo livro, então já te prepara e emociona antes da leitura.

A metáfora com os laços é muito bonita. Significa os laços familiares, os laços dos cadarços do pai e o elo que ele tinha e os laços que nos obrigam a ficar. Terminei a leitura e tive muito material para refletir. Tem uma teoria que diz que Aldo é uma resposta a personagem de Elena Ferrante em Dias de Abandono. Não acredito que seja. Aldo e Vanda tem seus próprios questionamentos e problemas, além do mais tema é que não falta para debater sobre casamento.

 

Olivia Marak

Laços é um drama familiar que revela o cotidiano de um casamento ao longo de muitos anos e que mostra diferentes ângulos da mesma situação, nos induzindo a considerar todas as questões propostas.

Para mim foi uma leitura um pouco perturbadora, que analisa a complexidade das pessoas e dos relacionamentos.

É uma narrativa envolvente que prende do começo ao fim (aliás não consegui acompanhar o clube do livro, li tudo de uma vez… Hahaha 

 

Gabriela Domingos

Laços é um livro surpreendente, com uma leitura rápida e envolvente. Em cada parte do livro nos ligamos a alguém da família de Aldo e Vanda, e isso é genial!

Na escrita de Domenico Starnone percebemos um belíssimo trabalho que privilegia a memória. O resgate das lembranças e dos traumas de cada personagem trazem reflexões sobre o passado e suas influências no presente.

Somos tomados por diferentes sensações ao longo do romance que definem as difíceis relações familiares.

 

Ana Athanásio

Quando vi que o Achados havia escolhido Laços para o Clube do Livro não gostei. A maior parte da crítica sobre o livro fazia, até então, um paralelo com a obra de Elena Ferrante, a qual detestei. Para minha surpresa, Starnone conseguiu me prender do começo ao fim.

Laços se mostrou uma teia de dor, amor, lembranças e feridas não cicatrizadas  que são capazes de, repentinamente, desmoronar as relações mais sólidas. Talvez por isso Aldo e Vanda acabam prendendo a atenção do leitor. Não é apenas um novo livro de drama familiar cotidiano.

Com uma linguagem mais enxuta, Starnone consegue alcançar uma profundidade incômoda no leitor tendo em vista que, em algum momento, veremos partes de nossas vidas entrelaçadas à história do casal. Um questionamento, uma dor ou uma lembrança de Aldo e Vanda passam a ser nossos demônios.

Há uma frase dita pelo autor em uma das entrevistas dadas que resume o livro e, consequentemente, nossas vidas: “nenhuma vida está realmente sob controle”.

 

Stephany Tiveron

Meu maior desafio nesta edição do Clube foi segurar a leitura das páginas de acordo com trecho proposto em cada semana. Não resisti e falhei, fui fisgada pela história já na curiosa e instigante introdução feita pela tradutora Jhumpa Lahiri! Apesar das pouco mais de cem páginas, e da subdivisão em três partes (que convém mesmo chamar de livros, como está), Laços é realmente uma espécie de caixinha de surpresas.

No início, julguei Aldo um personagem detestável; em seguida, revi todas as minhas impressões, me tornei solidária com a sua situação, ainda que discordasse da maioria de suas atitudes. E então, do meio para o final, me dei conta da façanha do autor: Starnone estava, por meio da construção da narrativa, me lembrando de vários aspectos típicos da vida humana – dúvidas, conflitos e sentimentos, que muitas vezes nos fazem errar ou magoar outras pessoas. É uma história relativamente simples e comum mas que, na minha opinião, traz muitas possibilidades de interpretação. Em resumo, eu diria que é um romance leve cuja preciosidade está nos detalhes. Por exemplo, no episódio sobre como amarrar os cadarços, além da referência ao título, é possível identificar o emaranhado que existe na relação entre o pai e seus filhos.

Outra vez, adorei a indicação! E que venham mais em 2018 =)

[Laços] Semana #7

Encerramos a leitura de Laços, de Domenico Starnone, e a última peça desse quebra-cabeça nos surpreendeu! Participou conosco desse Clube do Livro? Envie suas impressões sobre essa leitura no e-mail blogachadoselidos@gmail.com. Publicaremos as opiniões dos leitores aqui no blog na próxima semana!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Ladrões? Vândalos? Vigaristas? Nada disso. No final de Laços, Starnone confirma o que vinha dizendo, desde o início, nas entrelinhas da narrativa: o caos desta família está nela mesma.

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