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[A Máquina de Fazer Espanhóis] Semana #2

A leveza da escrita de Valter Hugo Mãe já nos capturou! Embora seja difícil interromper a leitura de A Máquina de Fazer Espanhóis, vamos avançar apenas mais dois capítulos nesta semana, até a página 71, se você tem a edição da foto, ou até a página 55, se você tem a edição da Cosac Naify.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

A primeira página de A Máquina de Fazer Espanhóis é um misto de surpresa e apreensão. Se este foi seu primeiro contato com a obra de Valter Hugo Mãe, é provável que tenha se assustado com o texto todo em letra minúscula e com a ausência de exclamações, interrogações e travessões. A Tainara, uma novata quando falamos do autor português, logo se questionou: “será mais um livro a entrar na lista de longas tentativas e quase nenhum avanço?”

Passadas mais duas ou três folhas, porém, esse sentimento desvanece. O temor de a leitura não fluir é substituído por um encanto com a sua prosa quase lírica, por uma  vontade repentina de não parar mais de ler A Máquina de Fazer Espanhóis. Hugo Mãe tem a admirável capacidade de conquistar o leitor com uma escrita sofisticada e nada óbvia.

A estrutura de sua narrativa é inventiva. Aos poucos, somos apresentados a António, um senhor de 84 anos que está na sala de espera de um hospital, ouvindo a conversa interminável de Cristiano, um falante funcionário do local. Laura, a esposa de António, havia dado entrada na emergência depois de um mal estar, a princípio nada alarmante, dada a sua idade já avançada.

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[A Máquina de Fazer Espanhóis] Semana #1

E enfim começamos nosso quarto Clube do Livro! Já estávamos ficando impacientes! A leitura desta semana de A Máquina de Fazer Espanhóis, de Valter Hugo Mãe, avança os dois primeiros capítulos, até a página 45, se você tem a edição da foto ou até a página 30 se você tem a edição da Cosac Naify.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Quando decidimos propor uma votação para o quarto Clube do Livro do Achados e Lidos, imaginamos que seria uma disputa apertada. Afinal, Elena Ferrante se tornou onipresente nas prateleiras dos mais vendidos nas livrarias e Daniel Galera não lançava um livro desde 2012, o equivalente a uma eternidade para seus leitores.

Qual não foi, então, nossa surpresa ao perceber que a maioria folgada dos votos estava sendo direcionada para Valter Hugo Mãe, com A Máquina de Fazer Espanhóis? Olhando mais de perto, porém, o sucesso desse autor português, nascido em Angola, não espanta.

VHM, como as redes sociais – da qual ele é usuário assíduo – costumam chamá-lo, foi elogiado por José Saramago, único escritor de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, o que já deveria contar como uma estátua na estante. Ele também já acumula os Prêmios Saramago e Portugal Telecom.

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[A Carta Roubada] Semana #1

Nesta semana, enquanto acontecia a votação para o título do nosso próximo Clube do Livro, passamos o tempo em ótima companhia! O conto A Carta Roubada de Edgar Allan Poe nos rendeu uma boa leitura. Para a próxima semana, vamos ler o clássico O Alienista, de Machado de Assis – outro contista de destaque. Leia conosco e comente no post de sexta que vem.

Ah, e o grande vencedor da votação para nosso próximo Clube do Livro foi Valter Hugo Mãe, com A Máquina de Fazer Espanhóis. Fique atento, porque dentro de alguns dias, vamos sortear um exemplar em nosso Instagram. Ainda não nos segue por lá? Estamos dando uma ótima razão para começar! 🙂

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Assassinatos e mistérios são centrais nos contos de Edgar Allan Poe. Há quase sempre alguma cena de terror, derramamento de sangue, cenários sombrios. A Carta Roubada, conto sugerido por nosso leitor Eliseu e que está no livro Histórias Extraordinárias, foge desse padrão por ser menos obscuro, mas, nem por isso, carece do suspense típico das obras de Poe.

A princípio, a trama é bastante simples. Dois amigos conversam e divagam na pequena biblioteca de um deles em Paris, em um período não muito definido no século XIX, quando são interrompidos pelo comissário da polícia parisiense, monsieur G. Seu caso, diz, é “simples e esquisito”, mas a polícia não consegue resolvê-lo.

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Qual título você quer no próximo Clube do Livro?

E lá vamos nós para o nosso 4º Clube do Livro! 🙂 Já tivemos por aqui leituras emocionantes de vários cantos do mundo – Nigéria, Bielorrússia e França. Fomos dos dias atuais aos anos 80 e depois ao século XIX, conhecendo culturas e estilos de escrita totalmente diferentes.

A nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie nos cativou com seus personagens fortes, como Tia Ifeoma e Kambili. Hibisco Roxo é um livro que aborda temas fortes e necessários de forma envolvente, muito próxima do leitor. Foi uma estreia e tanto para o nosso Clube do Livro.

Em seguida, foi a vez de outra escritora que confirma o poder feminino na literatura. A bielorrussa Svetlana Aleksiévicth nos rendeu a impactante leitura de Vozes de Tchernóbil. A academia sueca não se enganou nem um pouco ao lhe dar o Nobel de Literatura em 2015. Ela se destaca pela coragem de contar uma tragédia a partir de um olhar mais humanizado, que vai além da História, e também pela escrita original, que tem como premissa a valorização da voz de quem viveu, e não apenas observou, o desastre. Terminamos esse clube já querendo ler os outros títulos da autora!

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[A Besta Humana] Semana #8

E chegamos ao fim de mais uma leitura do nosso Clube do Livro! O clássico francês de Émile Zola, A Besta Humana, tem ritmo de thriller policial e nos manteve alertas até a última página! Gostou da leitura? Deixe suas impressões nos comentários e também nos conte qual livro gostaria de ver nessa seção!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Mais uma vez os personagens principais de A Besta Humana se preparam para um julgamento, dessa vez do assassinato de Séverine por Jacques Lantier.

As suspeitas, no entanto, não recaem sobre o rapaz. Como ele e Séverine haviam montado um plano quase perfeito para matar Roubaud, Jacques tinha um álibi consistente e logo foi desconsiderado como possível algoz de sua amante.

A situação para o quebrador de pedras Cabuche, porém, é bem mais adversa. Encontrado por Misard e Roubaud com Séverine nos braços, todo ensanguentado, e com a arma do crime ainda a seu alcance, logo foi tido como principal suspeito do crime.

Massacrado por interrogatórios, enredado por perguntas sabiamente formuladas e sem se precaver das armadilhas preparadas, Cabuche se obstinava em sua primeira versão.

Cabuche, como comentou nossa leitora Gabriela, é o personagem mais sensível de toda a trama inescrupulosa que envolve a sociedade de Le Havre. Ainda assim, por ser talvez mais humano e menos máquina, Cabuche é refém de suas atitudes impensadas, como a que o compromete na cena do crime, ao tomar Séverine nos braços e a colocar na cama. Cabuche não é nem mesmo capaz de explicar que de fato era apaixonado por Séverine e que colecionava seus apetrechos, como lenços, grampos e outros pequenos acessórios. Essa simples confissão teria explicado porque o relógio de Grandmorin, que estava com Jacques na cama em que ele se recuperou do acidente com a Lison, foi parar em sua cabana.

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