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[Lista] 24 livros para ler em 2018 (parte 1)

Mais poesia e mais mulheres: esse é o tom da minha lista de leituras para 2018! Hoje, eu trago 12 livros que quero ler neste ano e, na próxima semana, é a vez de a Tatá listar os escolhidos dela.

1. Amiga de Juventude, de Alice Munro, será meu reencontro com essa canadense Nobel de Literatura e rainha das narrativas breves. O livro reúne dez contos em que episódios cotidianos versam sobre a delicadeza dos relacionamentos, como amizades, casamentos e relações entre pais e filhos.

2. As Alegrias da Maternidade, de Buchi Emecheta, veio no kit de outubro da Tag Livros, indicado pela maravilhosa Chimamanda Ngozi Adichie. Esse é o primeiro livro de Emecheta publicado no Brasil. Seu trabalho aborda temas como escravidão, independência feminina, maternidade e liberdade. Alguma dúvida de que será uma ótima descoberta?

3. Bel-Ami, de Guy Maupassant, está aqui para reafirmar meu compromisso com os clássicos e com a literatura francesa. Mestre da narrativa curta, Maupassant publicou também seis romances, entre eles Bel-Ami, que é um dos mais célebres e tem como cenário a Paris da belle époque.

Quando do seu lançamento, o escritor confidenciou a um amigo: “Espero que ele satisfaça aqueles que me cobram algo mais extenso”. Considerando que, 133 anos após sua publicação, o romance ainda aparece em listas de leituras, podemos dizer que Maupassant mais do que satisfez as cobranças!

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“Notei que tinha posto uma cadeira justamente para que eu ficasse mais confortável: quanta deferência por quem tinha estudado, estudar era considerado o truque dos rapazes mais espertos para se furtar ao trabalho duro. Como posso explicar a essa mulher – pensei – que desde os seis anos de idade sou escrava de letras e números, que meu humor depende do êxito de suas combinações, que essa alegria de ter feito bem é rara, instável, que dura uma hora, uma tarde, uma noite?”

 

Elena Ferrante em
História de Quem Foge e de Quem Fica

Enquete: qual título você quer ler conosco?

Chegamos ao décimo Clube do Livro do Achados & Lidos! Para comemorar, convocamos você para nos ajudar a escolher o próximo título.

Queremos começar o ano com um clássico e sabemos que a leitura compartilhada é sempre um ótimo incentivo. Selecionamos três opções – um francês, um russo e um inglês:

A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert

O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov

O Retrato de Dorian Grey, de Oscar Wilde

Conte para nós, nos comentários deste post ou em nossas redes sociais, qual deles você prefere! O resultado sai na próxima sexta-feira, já com uma breve introdução à obra.

[Resenha] De Duas, Uma

De Duas, Uma (Editora Todavia, 104 páginas), breve romance do escritor mexicano Daniel Sada, é um sopro de originalidade para literatura latino-americana contemporânea. A partir de uma trama simples e uma linguagem direta, Sada constrói uma narrativa que, enquanto se desenvolve, não abre brechas para divagações, nem dele nem do leitor. Por outro lado, oferece uma infinidade de interpretações quando termina. Não fosse pela ausência de criaturas antropomórficas, o romance se assemelharia bastante ao gênero de fábulas.

As irmãs Gamal, gêmeas idênticas, são habitantes de uma cidadezinha do interior do México, onde trabalham como costureiras e vivem de forma austera, poupando com sabedoria seus rendimentos. Ficaram órfãs ainda jovens e foram cuidadas pela tia Soledad até que alcançassem idade suficiente para tomar as rédeas de seu destino.

A cada dia mais parecidas, Gloria e Constitución levam uma vida sem sobressaltos, encerradas em um universo apenas seu. No ateliê de costura, há uma placa que diz: “SOMOS PROFISSIONAIS OCUPADAS. LIMITE-SE AO QUE LHE DIZ RESPEITO. NÃO VENHA NOS DISTRAIR SEM MOTIVO. ATENCIOSAMENTE, AS IRMÃS GAMAL”.

O conflito começa quando tia Soledad convida as duas para uma festa de casamento da família, segundo ela, uma oportunidade imperdível para arrumar maridos. As gêmeas, não querendo deixar o ateliê abandonado e firmes na ideia de que o que é de uma pertence à outra, decidem que apenas uma delas irá a festa e, caso o pretendente apareça, elas embarcariam juntas nesse relacionamento:

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A máquina do tempo

Se a máquina do tempo nos tritura,
ao mesmo tempo cria imagens novas.
Renascemos em cada criatura
que nos traz do Infinito as boas-novas.

 

Carlos Drummond de Andrade
em Receita de Ano-Novo

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