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[O Retrato de Dorian Gray] Semana #12

Mais um clássico lido! Começamos 2018 em grande estilo, com O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Agradecemos a todos que acompanharam esse clube conosco e, sobretudo, às leitoras que nos enviaram suas opiniões.

Em breve, lançaremos em nosso Instagram uma enquete para a escolha do próximo título. Já adiantamos que serão duas escritoras: uma do século XIX e a outra contemporânea. Acompanhe!

Fernanda Marinho

Participar da leitura do Clube do Livro do Achados & Lidos para a obra O Retrato de Dorian Gray foi muito divertido! O ritmo de leitura apontado e os posts semanais do blog ajudaram muito a completar as metas de um forma tranquila e proveitosa, sem falar nas reflexões incríveis que a leitura desse clássico me proporcionou!

Eu só tenho agradecimentos ao blog Achados e Lidos, por terem feito esse projeto, pelo sorteio do exemplar (!!!!) e por terem desenvolvido o acompanhamento com os participantes de forma tão legal! Mal posso esperar pelo próximo Clube!

Gabriela Domingos

Um livro que prende a atenção por ter altas emoções em seu desenrolar. Figuras interessantes povoam a história. Um personagem que leva uma vida de aparências. Um pintor que usa seus dotes artísticos para produzir uma obra que transborda os limites da relação arte e vida. E outro que sabe exercer uma grande influência nas pessoas (ah, como foi bom ler que sua mulher o abandonou!). Assim, temos um bom romance que problematiza diversas questões, entre elas a moral, a beleza, o tempo, a juventude, a arte e a influência. A leitura permitiu contextualizações, reflexões e abordagens bem atuais.

Lilian Cantafaro

Após a leitura do livro, cheguei à mesma conclusão que o Achados & Lidos, de que Oscar Wilde finaliza sua obra com Dorian Gray enfrentando sua consciência. Porém, achei que o final que Oscar Wilde dá aos personagens James Vane (sua morte acidental deixa Gray livre para continuar vivendo conforme lhe conviesse) e Lord Henry (não o castigando por ele ter influenciado os atos de Dorian) deu um peso ainda maior para que Dorian Gray fosse seu único algoz e assumisse a responsabilidade de seus atos enfrentando seu fantasma, a putrefação de sua alma personificada por seu retrato.

Meire Domingos

Gostei muito dos personagens de O Retrato de Dorian Gray. Cada um deles tem um aspecto que contribui para a história. Lorde Henry foi talvez o que mais me chamou atenção, porque ele direciona a narrativa a partir dos seus comentários, às vezes bastante diretos, outras vezes, sutis. O tema da influência me pareceu ainda mais forte que o do culto à aparência. Embora percebesse como o amigo o manipulava, Gray não conseguia se desvencilhar. No fim, as palavras têm tanto poder quanto as ações.

Outro aspecto que me surpreendeu bastante foi como o escritor vai tornando a história cada vez mais sombria. O capítulo em que Gray se livra do corpo de Basil me deu arrepios!

Por fim, foi muito bom acompanhar o clube. Minhas filhas também estavam participando e, a cada semana, quem lia o trecho primeiro tinha que se segurar para não dar spoilers, rs! Parecia que estávamos acompanhando uma novela ou uma série. Gostei muito da experiência!

[Resenha] Era Uma Vez uma Mulher que Tentou Matar o Bebê da Vizinha

Impossível ficar indiferente ao título deste livro da russa Liudmila Petruchévskaia: Era Uma Vez uma Mulher que Tentou Matar o Bebê da Vizinha. A cena sombria que ele anuncia e os ares de fábula contidos no “era uma vez” são uma ótima introdução à coletânea de contos dessa autora, que foi censurada na época do regime soviético. Hoje, Petruchévskaia é uma das escritoras e dramaturgas mais reconhecidas do seu país e chega, pela primeira vez, muito bem recomendada, às livrarias brasileiras, com essa edição da Companhia das Letras.

Sua escrita bebe na fonte fantasiosa dos contos de fadas na mesma medida em que lança um olhar afiado sobre a sociedade. Assim, Petruchévskaia se destaca por criar situações e personagens mágicos a partir de problemas reais, como a guerra, a fome, o inverno desolador, a solidão e tudo aquilo que desperta a escuridão da alma humana:

… existe um lado da vida secreto, animal, que floresce teimosamente, e é nele que se concentram as coisas detestáveis e hediondas;

Os contos dessa coletânea são habitados por fantasmas, viúvas e órfãos, uma crítica contundente aos horrores de uma nação que está sempre em combate. Mesmo depois da morte, vítimas e familiares não conseguem encontrar a paz. Em Um Caso em Sokólniki, por exemplo, um soldado morto reaparece para sua esposa para pedir um enterro digno, pois seus restos espalhadas e esquecidos não o permitem descansar.

A ausência é outro tema que perpassa a obra de Petruchévskaia. Se a morte ronda os soldados, a solidão assombra os que ficam à sua espera. Por meio de histórias fantasiosas, a escritora levanta um problema bastante real: o que será dessa geração de órfãos e viúvas?

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[Lista] 5 livros em formato de diário

Quem não teve um diário não teve adolescência! Para matar as saudades dessa fase, hoje selecionamos cinco livros narrados nesse formato, embora nem sempre os dramas tenham algo de juvenil.

Tem um livro preferido neste estilo? Conte  pra gente nos comentários!

1. Informação ao Crucificado, de Carlos Heitor Cony: A literatura brasileira  perdeu neste ano um de seus grandes nomes, Carlos Heitor Cony. Cronista de mão cheia, em Informação ao Crucificado Cony rememora seu período em um seminário, em um livro com fortes traços autobiográficos. O diário que acompanhamos, contudo, é de João Falcão, um jovem prestes a se ordenar, mas que passa a duvidar com cada vez mais insistência de sua vocação, e até da religião.

Imortalidade não basta aos inquietos. Eles terminam santos ou loucos. Deus mais inquietude é santidade. Inquietude mais inquietude é igual à lucidez – que talvez seja a forma complacente da loucura.

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“Com frequência fazíamos perguntas cujas respostas já sabíamos. Talvez fizéssemos isso para não precisarmos formular as outras perguntas, aquelas cujas respostas não queríamos saber.”

 

Chimamanda Ngozi Adichie em Hibisco Roxo

[O Retrato de Dorian Gray] Semana #11

Terminamos o nosso décimo Clube do Livro com a leitura deste clássico de Oscar Wilde! E aí, o que acharam? Obrigada a todos que participaram conosco desta edição. Na próxima semana, vamos publicar as impressões dos nossos leitores. Para ter sua opinião publicada aqui no Achados, basta enviá-la para o e-mail blogachadoselidos@gmail.com.

Ah, em breve, divulgamos o título do próximo Clube. Fique ligado!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

O embate final deste romance não poderia ser diferente. Dorian Gray e sua consciência, representada pelo retrato sombrio, se encontram para o acerto de contas.

Em um acesso de fúria, Gray se arma com uma faca e desfere golpes contra o quadro. O resultado da luta é revelado apenas quando os empregados da casa ouvem gritos, se dirigem ao cômodo abandonado e se deparam com esta cena:

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