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[Lista] 18 seleções para uma Copa do Mundo literária

Seguimos em clima de Copa do Mundo no Achados & Lidos! Os times que disputam a competição neste ano foram a inspiração para esta lista. Resolvi montar uma seleção de autores que poderiam muito bem representar seus países em uma copa literária. Algumas equipes ficaram desfalcadas, por isso conto com você para completar essa convocação!

Rússia: montar uma seleção russa de escritores é tarefa quase tão difícil quanto foi convocar a seleção brasileira de futebol de 70. Sobram craques. Mas, já que temos que escolher um representante, não tem como deixar de fora o maior deles: Fiódor Dostoiévski. Autor de clássicos, como Crime e Castigo e Os Irmãos Karamázov, Dostoiévski alcança, com sua escrita, os meandros mais recônditos da alma humana, além de fazer um retrato insubstituível da sociedade russa do século XIX. Quer mais motivos para ler Dostô? Veja esta outra lista.

Brasil: tem como pensar em outro nome que não o de Machado de Assis? Criador de personagens emblemáticos da literatura mundial, como Bentinho, Capitu, Brás Cubas e Simão Bacamarte, a obra desse gênio se caracteriza por um texto primoroso, pelo vanguardismo narrativo e pela ironia fina. Ainda não se convenceu? Leia este post.

Irã: não conhecia nenhum representante da literatura iraniana até que um dos kits da TAG trouxe a autora integrante da diáspora iraniana, Bahiyyih Nakhjavani. Ainda não li o livro, intitulado O Alforje, mas estou curiosa para conhecer mais sobre a cultura e história desse país. 

Japão: não conheço muito a literatura oriental, então não fugirei do clichê Haruki Murakami. Ele, que há tempos é cotado para um Nobel, ainda não conquistou o feito e, no último ano, viu seu compatriota, o nipo-britânico Kazuo Ishiguro ser laureado (temos resenha aqui). Confesso que não sou leitora fervorosa de nenhum dos dois… Aceito sugestões para melhorar meu conhecimento da literatura japonesa!

México: um dos livros contemporâneos mais interessantes que li nos últimos tempos foi A História dos Meus Dentes, da jovem e talentosa mexicana Valeria Luiselli. Ficou curioso? Saiba mais nesta resenha.

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“Por quê? Por que amar o esporte? Convém em primeiro lugar lembrar que tudo o que acontece com o jogador também acontece com o espectador. Porém, se no teatro o espectador não passa de um observador, no esporte ele é um ator.”

 

Roland Barthes em O Que É o Esporte?

[O Mestre e Margarida] Semana #2

Um encontro inusitado e um diálogo de humor afiado marcaram o início de O Mestre e Margarida. Já pressentimos uma ótima leitura pela frente! Para a próxima semana, vamos até a página 72 (capítulo 6).

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Uma conversa entre dois amigos, um poeta e seu editor,  e um terceiro desconhecido que se intromete. Até aí, nada de muito novo. Mas à medida que o diálogo avança, percebemos que esse desconhecido não é uma criatura comum. Parece estrangeiro, embora apresente um russo perfeito (além de várias outras línguas). Tem uma fala eloquente, sendo capaz de discutir os temas mais polêmicos, com uma erudição impressionante. Sua aparência também  não passa despercebida:

Antes de tudo: o descrito não mancava de nenhuma das pernas, e a estatura não era pequena nem imensa, porém simplesmente elevada. No que tange aos dentes, do lado esquerdo as coroas eram de platina e, do direito, de ouro. Trajava um caro terno cinza e sapatos estrangeiros da cor do terno. Trazia uma boina cinza de lado e, debaixo do braço, uma bengala com um castão preto na forma de uma cabeça de poodle. Aparentava uns quarenta e poucos anos. A boca era meio torta. Bem barbeado. Moreno. O olho direito era preto, o esquerdo, por algum motivo, verde. Sobrancelhas pretas, só que uma mais alta do que a outra. Em suma, um estrangeiro.

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[Resenha] Sepulcros de Vaqueiros

Sepulcros de Vaqueros (Alfaguara, 196 páginas, ainda sem tradução para o português) é um deleite para os leitores iniciados na obra do chileno Roberto Bolaño. Com várias referências a outras produções do escritor, as três histórias que compõem essa publicação póstuma – PatriaSepulcros de Vaqueros e Comedia del Horror de Francia – datam dos anos 90 e 2000.

Todas trazem temas caros à escrita de Bolaño – a violência, a ditadura chilena, a América Latina, a juventude, a literatura e a ficção científica. A resistência aos finais definitivos, característica marcante em seus romances, ganha ainda mais força nessas narrativas curtas.

Por serem textos que, provavelmente, ficaram sem conclusão ou foram aprimorados posteriormente em obras de maior fôlego, nas três histórias dessa coletânea, é possível assistir aos bastidores da escrita de um grande autor. Nessas narrativas, embora não se encontre o crème de la crème de sua literatura, desfruta-se um Bolaño mais livre e não menos genial.

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[Lista] 11 autores latino-americanos que formam uma verdadeira seleção

A estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2018 não foi exatamente o que esperávamos, mas a torcida do Achados & Lidos não desanima. Selecionamos 11 grandes autores latino-americanos que com certeza formam a seleção com a qual todo viciado em literatura sempre sonhou!

Esquecemos alguém? Não deixe de comentar aqui quais craques literários você não deixaria no banco!

O convite para essa lista partiu da Calle 2, revista digital que propõem um novo olhar sobre a América Latina. Para jogar junto com a nossa lista, indicamos essa seleção de escritoras latino-americanas que você também precisa conhecer! Acesse aqui!

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