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Quem nos segue há um tempinho sabe que amamos unir nossas duas paixões: viagens e livros. Sempre que possível, aproveitamos para visitar livrarias e bibliotecas por aí. Hoje, temos uma dica ainda mais especial. O jornalista e consultor João Villaverde visitou a Foyles, conhecida como a maior livraria do mundo, em uma viagem a trabalho para Londres. Abaixo, ele conta um pouco mais sobre essa experiência. E, para quem quiser outras dicas dele, vale assinar sua newsletter “Refúgio do ruído”, recheada de boas reflexões e ótima seleção de leituras. O link é https://www.jvillaverde.info/.
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“Eu já conhecia a fama grandiloquente da Foyles (“a maior livraria do mundo”), mas foi sem querer que eu a efetivamente conheci. Numa viagem de trabalho a Londres, marquei no bloco de notas a loja que fica dentro da estação Waterloo do metrô e me organizei para ir para lá ao final da semana, terminadas as reuniões. Pois eu estava passeando na Charing Cross Road e, voilá, a verdadeira Foyles estava lá, diante de mim. Essa surpresa (gerada pela minha própria e assustadora desatenção para endereços e mapas) foi impagável.
A Foyles é muito maior do que eu sonhava. Não há formas ideais de descrevê-la. Gigante, monstruosa, enorme, dinossáurica… essa talvez funcione, afinal. A livraria existe (como quase tudo em Londres) há mais de 100 anos. Embora seja a caçula entre as livrarias tradicionais, a Foyles compensou a relativa juventude com um tamanho notável. Há um andar inteiro só para romances. Outro somente para não-ficção. Um piso completo de livros infantis (o que fez a alegria do meu pequeno Teo quando voltei ao Brasil — e o azar de meu patrimônio financeiro quando a fatura do cartão chegou). No alto, o último piso ainda guarda uma seção inteira só para música, incluindo um cômodo escondido onde só entram apaixonados por Jazz. Eu poderia morar naquele cômodo para o resto da minha vida.
Por fim, a Foyles traz também um café, com janelas que dão para as ruas e os jardins suspensos dos sortudos vizinhos desta livraria. A última vez que estive na Foyles foi no fim de 2019, durante nova viagem de trabalho. Eu não poderia saber, mas foi mais ou menos na mesma época que do outro lado do mundo aquele famigerado morcego carregava para o primeiro infectado o novo coronavírus… Não vejo a hora desse terror passar. Sonho levar meu filho para a Foyles.”
Those of you who know us for a while have probably already noticed that we love to unite two of our passions: books and travel. Everywhere we go, we take the opportunity to visit bookstores and libraries and we are always sharing these tips with you here. Today, we have a special guest for our #bookstoresaroundtheworld section. The journalist and consultant João Villaverde shared with us his memories of when he first visited Foyles, known as the largest bookstore in the world, on a business trip to London. Below, he tells a little more about this experience. We don’t know about you, but we definitely want to pack our bags to go there as soon as possible.
And, for those who want other tips from him, it’s worth signing his newsletter “Refúgio do ruído”, full of good reflections and a great selection of readings (in portuguese). The link is https://www.jvillaverde.info/.
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“I already knew Foyles’ grandiloquent fame (” the biggest bookstore in the world “), but it was by accident that I actually visited it. On a business trip to London, I pinned down on my notepad the store that is located inside the Waterloo tube station and organized myself to go there at the end of the week, after the meetings were over. But, before that, I walking on Charing Cross Road and, voilá, the real Foyles was there, in front of me. This surprise (generated by my own frightening inattention to addresses and maps) was priceless.
Foyles is much bigger than what I dreamed of. There are no ideal ways to describe it. Giant, monstrous, huge, dinosauric … well, that maybe works, after all. The bookstore has existed (like almost everything in London) for over 100 years. Although it is the youngest among other traditional bookstores, Foyles has compensated the relative youth with a remarkable size. There is an entire floor for romance only. Another only for nonfiction. A complete floor of children’s books (which made my little Teo happy when I returned to Brazil, although I couldn’t say the same about my financial assets when my credit card bill arrived). The top floor houses an entire section just for music, including a hidden room where only Jazz lovers are allowed to enter. I could live in that room for the rest of my life.
Finally, Foyles also has a café, with windows overlooking the streets and the hanging gardens of the lucky neighbors of this bookstore. The last time I was at Foyles was at the end of 2019, during another work trip. I couldn’t know it then, but it was around the same time that, on the other side of the world, that infamous bat carried the new coronavirus to the first infected … I can’t wait for this terror to pass. I dream of taking my son to Foyles.”
Achados & Lidos
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