[Lista] 24 livros para ler em 2018 (parte 2)

Depois da lista da Mari, recheada de boas dicas (especialmente se você colocou entre suas metas para 2018 ler mais mulheres), agora é a minha vez de selecionar 12 títulos para ler em 2018. Tentei me desafiar e incluir mais clássicos, novos autores e gêneros. Confira a lista abaixo e conte nos comentários em qual leitura você vai me acompanhar neste ano!

1. Frankenstein, de Mary Shelley, completa 200 anos de publicação em 2018. Ótima desculpa para revisitar uma das mais famosas histórias da literatura, com mais de 300 edições e 90 adaptações para o cinema em todo o mundo, não é? Li esse livro (em uma versão adaptada) na adolescência, mas é hora de encarar a versão original do Prometeu Moderno.

2. Clarice, de Benjamin Moser, entrou na lista como a biografia selecionada para o ano. Como já contei aqui, gosto muito desse gênero, e sempre mesclo minhas leituras de ficção com obras não-ficcionais. No entanto, percebi que a lista publicada no começo do blog é dominada por homens. Para mudar isso, vou me dedicar à história de uma das nossas autoras mais incríveis, escrita com maestria por um dos maiores conhecedores de sua obra, Benjamin Moser.

3. O Som e a Fúria, de William Faulkner, faz parte da cota de desafios pessoais do ano. Esse é um livro que deve morar na minha estante há mais de uma década, e já tentei lê-lo, sem sucesso, algumas vezes. Sempre esbarrei na trama intrincada e na escrita um tanto hermética de Faulkner. No entanto, vou seguir o conselho do próprio autor, em entrevista para a The Paris Review: vou tentar pela quarta vez.

4. As Três Marias, de Rachel de Queiroz, foi enviado pela TAG, clube de assinatura de livros, em novembro do ano passado. Escolhi o título para representar a literatura brasileira, especialmente aquela escrita por mulheres, na lista de 2018. Rachel, que desde sua estreia, com O Quinze, já mostrava sua preocupação com a liberdade e a autonomia femininas, tem neste romance sua obra de cunho mais autobiográfico – e feminista. Ótima dica, não?

5. Amor, De Novo, de Doris Lessing, trata do reencontro de Sarah Durham com o amor, ao se apaixonar aos 65 anos. Reflexão sobre a paixão e o envelhecimento, guardo altas expectativas para este romance depois da leitura de As Avós, romance curto, porém excelente, sobre intrincadas relações familiares. Ganhadora do Prêmio Nobel de 2007, Lessing é uma das autoras mais importantes a despontar nas últimas décadas, e estava louca para me dedicar a um romance mais longo seu.

6. Nós, de Yevgeny Zamiátin, foi a distopia que inspirou outras grandes obras do século passado, como Admirável Mundo Novo e 1984. A obra narra a história de D-503, um engenheiro que começa a duvidar do Estado totalitário em que vive depois de conhecer uma mulher misteriosa. Também foi muito recomendada por amigos próximos, além de ganhar nova edição, primorosa, pela Editora Aleph. Motivos de sobre para incluir o título na lista!

7. Os Pecados Secretos da Economia, de Deirdre McCloskey, é um manifesto interdisciplinar que coloca em xeque o modo como a economia vem produzindo dados e gerando conhecimento nas últimas décadas. Faz parte também da minha meta de voltar a ler mais sobre economia, um tema que eu gosto tanto quanto de literatura, em 2018!

8. Manual da Faxineira, de Lucia Berlin, foi eleito em votação pelos colaboradores da revista literária Quatro Cinco Um como o melhor livro de 2017, o que imediatamente levou o livro para a minha lista de leituras em 2018. O livro reúne boa parte dos contos publicados pela autora ao longo de sua vida, embora ela só tenha alcançado reconhecimento após sua morte, em 2004.

9. Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto, é uma tentativa de me reaproximar desse autor, um dos escritores em língua portuguesa mais cultuados do momento. Em um Divã, gerei indignação ao admitir que não gostava de sua obra, depois da leitura de O Último Voo do Flamingo, ainda na faculdade. Vamos, então, dar uma segunda chance ao autor moçambicano, com esse lançamento!

10. A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert, despertou minha atenção depois da leitura de A Noite da Espera, de Milton Hatoum. Neste romance, o personagem principal dedica boa parte do seu tempo livre à leitura do clássico francês, a despeito do clima cada vez mais tenso ao seu redor, com o endurecimento da ditadura militar. O personagem, não por acaso, é absorvido pela leitura, que conta a história de um jovem ávido por amor, riqueza e glória, mas que, em uma época de profundas turbulências políticas e sociais, não consegue se engajar em uma causa.

11. Guerra e Paz, de Liev Tolstoi, é um calhamaço de mais de mil páginas, na edição da finada (e saudosa) Cosac & Naify.  Não será fácil conciliar as resenhas mensais com esse catatau, mas pretendo me animar com a leitura coletiva promovida por Christian Assunção para me entusiasmar e enfrentar um dos grandes clássicos russos de todos os tempos!

12. O Túmulo de Lênin – Os Últimos Dias do Império Soviético, de David Remnick, não está na foto porque, infelizmente, ainda não mora na minha estante. A já clássica reportagem sobre a queda da União Soviética, do atual diretor de redação da The New Yorker, é uma obra-prima do jornalismo e também uma ótima dica de leitura para 2018, ano de Copa do Mundo na Rússia!

Gostou das nossas sugestões? Conte para gente o que está na sua lista de leituras para 2018!